Os produtores de algodão dos distritos de Marínguè, Caia, Chemba e Gorongosa, na província de Sofala, começaram finalmente a ver restituída a sua confiança no subsector algodoeiro, após o Governo concluir o pagamento total da dívida deixada pela empresa anteriormente responsável pelo fomento e comercialização da cultura na região.

Durante a campanha agrícola 2022|23, a empresa adjudicada para operar nestes distritos recolheu o algodão produzido, porém, não efetuou o pagamento na totalidade, deixando uma dívida estimada em 15 milhões de meticais. O valor refere-se a cerca de 450 toneladas de algodão caroço entregues por aproximadamente 1.300 produtores que, durante mais de três anos, viram os seus esforços e expectativas comprometidos.

A situação gerou incerteza e desmotivação entre os produtores, comprometendo a estabilidade da cadeia produtiva nos quatro distritos. Para mitigar os impactos e salvaguardar os interesses dos produtores, o Governo, através do Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique, IP (IAOM, IP), avançou com a regularização do pagamento enquanto decorre um processojudicial junto das autoridades legais competentes para a responsabilização da empresa devedora.

Nos últimos dias, centenas de produtores deslocaram-se aos postos administrativos dos distritos em referênvia para receber os valores devidos. O ambiente foi marcado por muita satisfação, alívio e esperança renovada. Muitos produtores expressaram publicamente a sua gratidão, destacando que este gesto do Governo representa não apenas a recuperação de um direito, mas também um sinal de valorização do seu trabalho e de fortalecimento do subsector.

Com o pagamento concluído, os produtores mostram-se motivados para retomar e intensificar a actividade na próxima campanha, confiantes de que os mecanismos de regulação e acompanhamento estão a ser reforçados para evitar situações semelhantes no futuro.

Ao devolver a estabilidade financeira, confiança e motivação às comunidades, esta acção tem um impacto profundo e positivo na vida dos produtores assim como no futuro da cadeia de valor do algodão em Sofala. O subsector reencontra agora um caminho de segurança e crescimento, sustentado pela valorização dos produtores, que continuam a ser o pilar central da produção doalgodão em Moçambique.

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